AMO valoriza artistas e património local A primeira de várias obras que a Assembleia Municipal de Ourém quer oferecer aos oureenses. Trata-se simbolicamente de uma pintura do antigo Edifício dos Paços do Concelho, que atualmente acolhe as sessões deste órgão deliberativo.
Da autoria de Ana Oliveira, artista do concelho de Ourém, com mestrado em escultura pelas belas artes de Lisboa e com um vasto curriculo de exposiçoes colectivas e individuais, estando actualmente representada em coleçoes privadas na Europa, Asia, Austrália e América, a pintura retrata aquele que é “um dos maiores símbolos patrimoniais do nosso concelho e que deve ser valorizado”, referiu João Moura, presidente da AMO na última sessão deste órgão.
Esta iniciativa, insere-se mais uma vez na política de proximidade com os cidadãos, mas também na “valorização do que é nosso, neste caso na valorização dos nossos artistas. Temos no nosso concelho, artistas com um potencial enorme e é nossa intenção convidá-los a apresentarem trabalhos sobre a nossa vivência e o nosso património. O original ficará exposto neste Edifício e iremos oferecer a todos os membros da Assembleia Municipal e ao Executivo Municipal uma litografia da pintura".

Sobre o Edifício dos Paços do Concelho
A construção do Edifício dos Paços do Concelho data do século XIX, pelo que na ata da sessão de 27 de janeiro de 1858 foi apresentada uma “proposta no sentido de a Câmara informar quanto se pode contar em carros, réis e braços no ano de 1858, tendo em vista avançar com um edifício para a Câmara, Administração do concelho, Casa de Audiências, Cadeia, etc.” Na ata da sessão de 10 de maio de 1876: “O presidente felicitou-se, juntamente com os vereadores, por se acharem reunidos pela primeira vez na nova Casa das Sessões Camarárias, esperando-se que tal facto inaugurasse uma época de prosperidade.” 1873 é a data incisa no escudo existente no tímpano do frontão, coincidente com os procedimentos documentados sobre o início da construção.
O edifício funcionou como Paços do Concelho até 2009 e neste momento acolhe as sessões da Assembleia Municipal de Ourém, a “Casa da Democracia do Poder Local”, como referiu Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República de Portugal.
A sua arquitetura sóbria, com fachada rematada por balaustrada e com um frontão coroado com um campanário, torna-o imóvel patrimonial emblemático do núcleo urbano da antiga Vila Nova de Ourém.
Foi neste edifício que decorreu, em 1917, o interrogatório aos três pastorinhos de Fátima, levado a cabo pelo administrador do concelho, Artur de Oliveira Santos.